Quatro meses depois do assalto em que uma quadrilha roubou R$ 15 milhões
da empresa se segurança Servi-San, a Secretaria de Segurança Pública do Piauí apresentou
na manhã desta segunda-feira (10) os presos da 'Operação Tríade'
desencadeada semana passada. Ao todo 15 pessoas foram presas. Parte da quadrilha foi localizada em São Paulo e
transferida para Teresina na última sexta-feira (07).
As investigações concluíram que o grupo, formado por piauienses e
paulistas, fugiu de Teresina para São Paulo com o dinheiro roubado
usando um caminhão.
“Prendemos oito criminosos em São Paulo, seis
em Teresina e um no Maranhão. Os piauienses eram responsáveis pela troca
de informação privilegiadas, assim com logística do crime. Os paulistas
executaram a missão, fazendo sequestro das vítimas e entrando na
empresa de valores. Os piauienses ainda deram apoio na retirada das
armas seguindo rota pelo Ceará”, explicou o secretário Fábio Abreu. O nome do maranhense que faz parte da quadrilha não foi divulgado pela Policia Civil do Piauí.
“Este
grupo criminoso atuou em três assaltos. Além da Servi-San, também
levaram dinheiro do caixa eletrônico na Procuradoria Geral do Estado e
do aeroporto de Teresina. Foi uma investigação complexa que envolveu
Polícia Civil, Militar e Federal. Foi um trabalho integrado que contou
ainda com apoio do Judiciário, na pessoa do Dr Luis Moura, e das forças
de segurança do Estado de São Paulo”, disse Riedel Batista, Delegado
Geral.
O delegado do Greco, Genival Vilela, informou que ainda existem mais
pessoas a serem presas e por isso a parceria com a Polícia Civil de São
Paulo continua. Sobre a investigação, ele afirma que a primeira pessoa
identificada era funcionário da empresa de valores.
“Logo após o
crime começamos levantar informações e colher imagens. Uma das primeiras
pessoas presas trabalhava na própria servi-san. Contou uma versão e
verificamos nas imagens que não era verdadeira. Depois verificamos que
um dos veículos abandonado tinha uma multa e fomos ao local
identificando um dos ocupantes. Um outro foi identificado através da
troca de informações com a Polícia Civil de São Paulo e com andamento
das investigações identificamos outros”, acrescentou.
A quadrilha
tinha funções bem definidas e repartiu os valores roubados de acordo com
a participação de cada um. Piauienses levaram em torno de R$ 50 mil,
enquanto os paulistas que estavam na linha de frente ficaram com R$ 600
mil a R$ 1 milhão. Parte do dinheiro foi recuperado.
“Através do
Grupo de Repressão ao Crime Organizado conseguimos desbaratar essa
organização criminosa. Conseguimos apreender aproximadamente R$ 600 mil
na cidade de São Paulo e estamos buscando, via burocrática, a
transferência deste dinheiro”, completou Gustavo Jung, delegado do
GRECO.
Nós trabalhamos em silêncio e mostrando resultados. Próximo passo é
recuperar os recursos que eles subtraíram. Precisamos tirar de
circulação esse dinheiro porque não basta apenas prender, mas também
desestruturar financeiramente a quadrilha para que não possam custear a
soltura desses presos com produto de crime. Parabenizo e agradeço aos
policiais Civis e Militares do Piauí e São Paulo, Policiais Federais,
DEIC-SP e demais envolvidos direta e indiretamente neste trabalho”,
finalizou o secretário Fábio Abreu.
As investigações aconteceram
em Teresina, São Luis (MA), São Paulo (SP), São José dos Campos (SP),
Cotia (SP), Taboão da Serra (SP) e Jacareí (SP). Participam da Operação
cerca de 100 policiais do Greco do Piauí, Diretoria de Inteligência da
SSP/PI, DEIC-SP e Policiais Civis do Maranhão.
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